segunda-feira, 2 de julho de 2007

O orkut dos alunos tem muito a ensinar sobre eles

Débora Menezes

A produção textual nas páginas pessoais pode ser encarado como um dos diagnósticos sobre a aprendizagem em sala de aula
Jovens estudantes, da rede pública em São Paulo, fizeram boletins de rádio durante o Encontro Internacional áfrica-Brasil, que propôs discussões sobre igualdade radical na mídia e no sistema educativo. Esses jovens participaram de oficinas promovidas pelo NCE e parceiros, pesquisaram sobre temas correlatos e personalidades históricas como Nelson Mandela e visitaram o Museu AfroBrasil, em São Paulo. Se um evento ou uma data importante estão para acontecer, os professores podem preparar aulas com meses de antecedência sobre o tema. E sugerir atividades envolvendo os alunos na transmissão desse conhecimento adquirido: jornais, boletins de rádios e até programas de tv. O importante é incluir os alunos nas ferramentas poderosas que a tecnologia oferece. E isso vai além do uso de internet, para fazer pesquisas. Para a autora, os professores precisam aprender a criar conhecimentos junto com seus alunos.
A inclusão digital dos professores brasileiros ainda está longe da ideal, recursos, acesso e tempo para capacitação. Ela cita o exemplo da educadora Maria Lúcia, que realizou pesquisa na internet. Começou por uma pesquisa de história. A idéia era encontrar na rede informação sobre jogos antigos, pouco conhecidos. Sua principal fonte foi o site www.jogos.antigos.nom.br. Em seguida, apresentou esse primeiro levantamento aos alunos e pediu um aprofundamento. A professora trabalhava com a turma o raciocínio lógico e a geometria dos tabuleiros, seu colega de Língua Portuguesa explorava interpretação dos textos das regras.
Buscadores
Sites de busca como o Google e o Altivista são difíceis para fazer pesquisa, pois são muito disputados. A internet é aberta e, assim como tem muita coisa boa, há muita informação errada. Ela acredita que os portais temáticos são boas alternativas ao volume incalculável dos grandes sites de busca. O III Congresso Ibero-Americano Educarede, promovido pela fundação Telefônica, buscou a reflexão, direta ou indireta, sobre um tema cada vez mais forte o uso do computador dentro e fora da sala de aula. No processo de inclusão digital, muitos jovens sabem mexer em computadores, mas não têm maturidade para, sozinhos, utilizarem as máquinas como ferramenta de aprendizagem. Já o professor não deve sentir-se ansioso pelo fato de não dominar a tecnologia ou de não entrar na internet com a mesma facilidade dos alunos. Se o professor utiliza ferramentas da internet, com um Blog,ou o MSN, ganha pontos no relacionamento caso ainda não consiga dominar essa tecnologia.
Para todos
A professora Elizabeth Maria da Silva acha difícil trabalhar com a tecnologia de maneira proveitosa. Na escola o laboratório de informática tem poucos computadores e ainda falta impressora e acesso à internet. A inclusão digital ainda é uma realidade distante, não só dos professores, mas de muitos alunos. O pesquisador Claudemir Viana acompanhou, durante três anos, 30 crianças de terceira e quarta séries do Ensino Fundamental. Constatou que o espaço virtual apenas transferiu para o ambiente do computador algumas brincadeiras que antes aconteciam na vida real. Com uma vantagem, o poder de interação com os objetos virtuais é muito maior. As meninas, que no site da Barbie, exercem o poder de decisão proporcionado pelos jogos. Os meninos preferem jogos de luta. O pesquisador defende que os jogos não são prejudiciais, como acreditam muitos pais e professores. A questão, como sempre está no limite. O professor pode, mesmo sem acesso ao computador resgatar personagens e situações encontradas nos jogos, identificando os preferidos da turma e discutindo em classe inclinação por determinadas figuras virtuais. Para o educomunicador José Manuel Moran, o professor tem que participar de alguma forma do cotidiano do aluno, mesmo que não seja diretamente com o auxílio de um computador.

2 comentários:

Graziela disse...

A mídia na escola tem feito tão bem que hoje posto este comentário para você, porque tive a oportunidade de ver em seu blog matérias que falam a respeito. Me ajudarão muito num trabalho a ser apresentado na faculdade. Obrigada
Graziela - Campo Grande - MS

leo disse...

Senhor Governador,

Nós excedentes do concurso da Pm 2008, gostariamos que nos informasse a possíbilidade de prorrogar o concurso e chamar além dos 3200 que constam no edital, ou se possivel formar uma outra turma com mais 3200. Sobre a prorrogação já tivemos vários interessados na segurança pública como o Coronel Brandão e nosso ilustre comandante geral onde o mesmo postou em seu blog "Quanto à possibilidade de prorrogação do prazo de validade do concurso, este Comandante-Geral, pessoalmente, entende pertinente a efetivação de tal ato, pois assim poderemos realizar convocações futuras, já que temos o cadastro de reserva, composto por candidatos bem qualificados que obtiveram classificação em até quatro vezes o número de vagas disponibilizadas por região, sexo e quadro. Vale lembrar, contudo, que o ato de homologação é de competência do Exmo. Sr. Secretário da Administração deste Estado, nos termos do capítulo I, item 2, do edital de abertura de inscrições. Nesse sentido, até antes do esgotamento do prazo de validade, será verificada, pelo escalão competente, a conveniência e oportunidade para edição ou não desse ato, lastreando-se, certamente, no poder discricionário que detém a administração." Confiamos em seu dissernimento e contamos com sua ajuda. Os excedentes aguardam suas chances, sabemos que podemos lhe ser grato.