Pesquisa de Marcelo Neri, da FGV, com o Senai mostra que 69% dos brasileiros sem educação profissional não estão nesta condição por falta de cursos, mas por desinteresse.
Dos que começaram um curso e largaram, 55% também alegaram perda de interesse.
Sérgio Gaudêncio Portela de Melo
A pesquisa apresentada acima pode parecer absurda, mas é a pura e a dura realidade!
Muito se comenta hoje sobre o "Apagão de Mão-de-Obra" no Brasil decorrente da falta de oportunidades e de vagas para a formação e qualificação profissional. Ledo engano!!! Os exemplos e experiências com o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego) - Programa do Governo Federal para a oferta não só gratuita, mas com ajuda de custo para os alunos provenientes de escolas públicas e para os beneficiários do Bolsa Família e do Seguro Desemprego - vêm confirmando a afirmação de que não existe interesse, pelo menos em boa parcela dos jovens brasileiros, na formação e qualificação profissional. As vagas oferecidas não conseguem ser preenchidas. Estão sobrando!! E há muita dificuldade em ocupá-las.
Penso em duas explicações para o lamentável fenômeno: a acomodação ou a falta de confiança em si próprio. Cidadãos que não querem encarar novos desafios, novas aprendizagens e novos empregos em detrimento do seu status quo, por insegurança ou por preguiça.
O trem está passando carregado de perspectivas e esperanças!. Pena que muita gente ainda não acordou para essa nova e, talvez, rara oportunidade.