sexta-feira, 16 de março de 2012

Fábrica de vidros planos deve gerar 1,9 mil empregos em Pernambuco


15/03/2012 15h39 - http://g1.globo.com/pernambuco/

Investimento é de R$ 770 milhões e demandas nacionais serão atendidas.
Ministros Fernando Pimentel e Bezerra Coelho vieram lançar a obra.


Katherine Coutinho
 

Os ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, estiveram em Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, nesta quinta-feira (15) para o lançamento da obra da primeira fábrica de vidros planos do Nordeste. Com um investimento de R$ 770 milhões e com previsão de uma área construída de 90 mil metros quadrados, a Companhia Brasileira de Vidros Planos deve gerar 370 empregos diretos e mais 1.500 indiretos quando entrar em funcionamento.
Com capital totalmente nacional, a fábrica vai atender às demandas nacionais e também locais. "Esse é um empreendimento corajoso do grupo Cornélio Brennand, que vai acima dos R$ 750 milhões e vai trazer vidros para a nossa construção civil e também para o setor automotivo, que está nascendo aqui ao lado com a planta da Fiat. Nós estamos muito felizes porque já em agosto do próximo ano vamos ter a oportunidade de ver centenas de trabalhadores pernambucanos nessa que será uma grande fábrica", afirma o governador Eduardo Campos.
O investimento inicial da fábrica, em 2010, tinha sido previsto em R$ 330 milhões. "O valor saltou por que saímos de um forno de 600 toneladas para 900 toneladas, aportamos a tecnologia mais moderrna do mundo, incluímos nas nossa linha de produção não só os vidros planos tradicionais, mas também vidros coloridos, laminados e espelhos. Isso completa a linha, além do investimento adicional no beneficiamento de matéria prima. Nós teremos uma indústria absolutamente integrada diferentemente do tradicional que se faz no Brasil. Nós vamos beneficiar a matéria prima", explica o presidente da companhia, Paulo Drummond.


A escolha por Pernambuco, explica Drummond, se deu a uma série de fatores, um deles a localização estratégica em relação ao resto do Nordeste. "Eu vejo Goiana com mais otimismo que Suape. Suape é um empreendimento consolidado, que veio crescendo ao longo dos últimos 40 anos e de certa forma não foi possível se planejar. Em Goiana, isso se dá diferente. Há um planejamento prévio, inclusive a partir das próprias empresas. Nós queremos estabelecer comunicação com as demais empresas que estão se instalando aqui e ajudarmos naquilo que for preciso para o próprio município", conta o presidente da CBVP.
Iniciativas como essa, para o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, provam que a indústria no Brasil segue crescendo, apesar das dificuldades. "A indústria brasileira tem várias dificuldades, muitas delas oriundas da concorrência desleal que vem de fora, oriundas de uma taxa de câmbio que agora nós estamos corrigindo, oriundas das taxas de juros durante muito tempo elevadas, mas que agora também estão sendo corrigidas. Todas elas são dificuldades que nós conhecemos, sabemos e podemos enfrentar. Eu agora saio de Pernambuco com um argumento concreto para dizer, para esses que levantam a idéia da desindustrialização, estão errados", defende Pimentel.