segunda-feira, 12 de março de 2012

Chances para níveis médio e superior

 Felipe Lima
flima@jc.com.br
Da geladeira a um navio. A indústria metalmecânica brasileira tem investido em novos processos que têm como objetivo transformar uma chapa de metal de qualidade inferior em um componente de alto valor agregado. Para isso, é preciso dispor, em larga escala, de um trabalhador com conhecimento técnico no chamado “tratamento de superfície”. Essa é a quarta carreira mais demanda pelo setor industrial nacional até 2020, de acordo com pesquisa da Firjan.
Trata-se de um carreira mais refinada dentro do segmento, explica o vice-presidente do Sindicato da Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Pernambuco (Simmepe), Alexandre Valença. “Nas cadeias de óleo, gás e naval, a demanda por componentes beneficiados é ainda maior”, complementa.
De nome genérico, porém bastante popular, a Engenharia de Mobilidade ganha impulso por conta do caos urbano vivido pelas grandes cidades brasileiras - Recife incluído. Edmilson Lima explica, entretanto, que o profissional dessa área pode ser tanto um engenheiro civil responsável pela construção de um anel viário, de viadutos interligados ou de qualquer projeto de grande porte cujo objetivo seja desafogar o trânsito das metrópoles. Quanto um graduado em Engenharia Mecânica, que atua na fabricação de veículos de locomoção, pelo ar, terra e ar.
QUALIFICAÇÃO
No ranking das nove profissões com grandes perspectivas de vagas nos próximos oito anos, cinco exigem nível superior, duas níveis técnicos e duas níveis básicos. A exigência por qualificação é urgente.
A pesquisa aponta, sem rodeios que quem possui nível básico precisa buscar um curso técnico (76,1% das companhias ouvidas relataram que essa é uma das exigências). Quem tem nível médio, precisa correr atrás da graduação (54,9% das empresas indicaram ser esse o caminho). E aqueles formados em nível superior devem correr atrás de uma pós-graduação (exigência de 69,1% dos entrevistados).
Gerente-executivo da Firjan, Luís Arruda chama atenção para o fato de que o levantamento - o segundo promovido pela entidade - escancarou a mudança de demanda na pirâmide social. Quando pesquisaram as profissões mais procuradas para até 2015, a Firjan encontrou alta concentração de carreiras cujos profissionais só precisavam de nível básico. “Agora, essa procura está direcionada para o meio da pirâmide, onde o tempo de escolaridade supera seis anos e em áreas onde matemática e ciências são a base do conhecimento”.

Um comentário:

claudia sansil disse...

É importante o registro do crescimento e do acesso à Educação. Essa revolução começou com o presidente Lula e, certamente, a primeira mulher a dirigir a nação irá ampliar. Haverá um dia em que deixaremos de ter carreiras do futuro, pois todas terão a mesma importância nesssa pirâmide. Como educadora, ainda espero verificar essa expectativa e investimentos em carreiras da área, a exemplo das licenciaturas. Nenhuma nação se desenvolve sem professores apaixonados e competentes no exercício do ofíco deles.