quinta-feira, 24 de maio de 2007

Como utilizar a Internet na educação (José Manuel Moran)

Grupo 2

Texto 1

A utilizações da Internet na educação e como aperfeiçoá-los é a questão levantada pelo professor José Manuel Moran em seu texto, que também lança alguns questionamentos para nós refletirmos a respeito das nossas posturas individuais, sobretudo os educadores, e o nosso papel na sociedade – com responsabilidades ainda maiores com o desenvolvimento das novas tecnologias, especialmente a Internet. O autor traz informações quanto aos projetos desenvolvidos em algumas instituições que utilizam recursos de redes eletrônicas no ensino presencial. Inclusive, ele relata as próprias experiências bem sucedidas em relação ao tema e traz algumas dicas importantes de como gerenciar as atividades em sala de aula, complementando-as com o uso das mídias digitais. Outro tema salientado pelo autor diz respeito as medidas que devem ser tomadas a fim de oportunizar o acesso à Internet como forma de promover a inclusão digital, além de explorar ao máximo as ferramentas e utilidades da Rede.
A educação presencial, de acordo com Moran, ganha dimensões diferenciadas a partir do momento em que o professor começa a utilizar várias mídias, em especial a Internet. Para ele, a integração dessas mídias possibilita maximizar o aprendizado por causa de alguns fatores específicos, como por exemplo a utilização de textos, imagens, sons do tema específico do programa, simultaneamente ao uso de livros, revistas e livros. Além disso, há um aspecto crucial para o aumento da produtividade nesse “sistema”: a motivação do aluno. O autor é enfático ao afirmar que a Internet é um grande fator motivacional, pois existe uma maior integração com o professor (que passa a ser praticamente um parceiro, tanto na produção dos trabalhos quanto nas descobertas de novos caminhos), a flexibilização nos horários de trabalho, a possibilidade de divulgar o seu trabalho e acessar o de outras pessoas, além do intercâmbio de informações (com outros alunos, grupos e até instituições de diferentes partes do mundo – através da web) dão ao aluno uma certa autonomia e uma infinidade de possibilidades antes nunca imaginadas.
Aliás, esse é um ponto de preocupação de Moran, pois a grande quantidade de informações e alternativas, através de links e outros atrativos mais, muitas vezes “desviam” o usuário do seu verdadeiro objetivo. Por isso mesmo, ele faz um alerta importante para os educadores “é preciso acompanhar cada aluno, suas produções, incentivá-lo, auxiliar nas suas dúvidas, dar dicas, anotar descobertas etc”, ou seja, mesmo o aluno tendo maior liberdade e autonomia, o professor deve estar atento para que o aprendiz não se desvie do foco principal. Outros erros cometidos pelos alunos nessas circunstâncias são o acúmulo de textos, idéias e lugares, onde, muitas vezes, acabam confundindo-os sobre o que é realmente importante (sem nenhuma triagem) e alguns aspectos cruciais da pesquisa como a hierarquização da idéias e a separação/comparação do material encontrado ficam em segundo plano.
Em um dos tópicos do texto o professor traz alguns detalhes de como as mídias digitais, especialmente a Internet, devem ser conduzidas no processo educacional. Moran destaca que “a navegação precisa de bom senso, gosto estético e intuição”. Para o autor, bom senso significa não se deter diante de tantas possibilidades – selecionando as informações mais importantes; já o gosto estético auxilia no reconhecimento de páginas com maior qualidade e com a integração de imagem e texto; e a intuição indica os links que devem conter o conteúdo procurado. No entanto, de acordo com o especialista, o sucesso desse “processo” está na integração da Internet com as outras tecnologias – Tv, jornal, vídeo e computador, através de uma nova visão pedagógica aberta e criativa.
Cabe ao aluno explorar o aumento das conexões lingüísticas, geográficas e interpessoais a fim de interagir da melhor maneira possível com imagens, formas coloquiais, além de textos sisudos e populares na conexão lingüística. Já na geográfica, ele está sujeito a um deslocamento contínuo em diferentes espaços, culturas e tempos. Nas interpessoais prevalece a comunicação com pessoas próximas e distantes, na sua mesma faixa etária ou não e assim por diante. Logicamente, sempre haverá críticas e elogios a respeito do uso dessas novas tecnologias porque, mesmo o texto citando uma série de vantagens para o usuário, existem algumas lacunas a serem preenchidas – também trazidas pelo texto. Dentre eles o excesso de informações, onde – em alguns casos – o conhecimento acaba sendo confundido. Conseqüentemente há um risco maior de dispersão ou mesmo a perda de tempo durante a conexão. No final, Roman deixa uma mensagem onde ele afirma que “o poder de interação está nas nossas mentes e não fundamentalmente nas tecnologias”. Para ele “ensinar com a Internet representará uma revolução educacional se mudarmos os paradigmas do ensino”. Caso contrário, as tecnologias só servirão como “jogada de marketing ou um paliativo” como pretexto para angariarem status e vantagens no mercado, finaliza o especialista.

2 comentários:

CARNEIRO & LEÃO disse...

Muito grata pelo texto, maravilhoso e muito exclarecedor.

Aprendendo Informática disse...

Excelente os textos do Moran